quinta-feira, 16 de abril de 2009

O olhar silencioso e comovente de uma mera aluna de jornalismo ao ver a amplitude de gestos atenciosos e solidários, mas acima de um tudo verdadeiros.

Em uma leitura feita ao blog da instituição Vandick Ponte (http://www.institutovandickponte.org.br/blog/nossa-poetisasaudades-de-suely-silva/), fiquei comovida com a história de vida de uma portadora de transtorno mental, Suely Silva Soares. Com sua história contada como uma biografia. Comoveu-me a tal ponto que ao visitar a instituição Vandick Ponte, procurei de algo mais sobre essa “mulher” vencedora, que não se deixou abater perante a todos os acontecimentos de sua vida.

A visita foi breve, mas com uma grandeza enorme de generosidade das pessoas que lá se encontravam. A amplitude de carinho e atenção que por lá vi, me deixou encantada e cada vez mais instigada a compreender e a conhecer mais e mais da instituição e das pessoas que lá trabalham. O carinho a cada “paciente” que lá chegavam e que lá estavam, me fizeram compreender que a vida está acima de tudo, e que o amanhã depende de cada um, mas contudo também dos outros, que com a ajuda solidária, trata, cura e traz mais esperança em casos que não há onde buscá-la. Conversei com a doutora Veridiana Soares, voluntária desde que a instituição teve seu inicio em 2005. A questionei sobre Suely Silva, e com um olhar de tristeza, mas ao mesmo tempo de alegria, contou um pouco sobre a mesma.
Ao que me relatou, Suely Silva 40 anos; chegou ao instituto com bastante tristeza e apreensão perante a doença que lhe atacara logo após sua viúves. Com sua dor, de saber que era uma pessoal totalmente normal e acordar no dia seguinte com problemas, sem distingui-los quais eram, procurou diversos médicos, porém caros demais para sua condição financeira. Relatou a doutora totalmente comovida pela perca de uma das suas primeiras pacientes. Suely, com a ajuda de amigos conseguiu encontrar a Instituição Vandick Ponte, onde recebeu a atenção e o tratamento que precisava e merecia. Suely Silva era uma pessoa totalmente alegre, mas não se deixou abater perante a doença e conseguiu demonstrar o que antes se ocultava dentro de si. Seu lado poetisa, conquistando médicos e pacientes, com suas convicções e veracidades que cita a doutora, ela conseguiu se reerguer perante a dor. Deixando após sua morte muitos versos que traduzem o que muita gente não vê, ou procura não enxergar perante a sociedade.


PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL

Quer ser meu amigo do peito?
Pois me trate com amor e respeito.
Me trate sem preconceito.
Estou aqui pra dizer
Não tenha preconceito comigo,
Por que hoje sou eu,
Amanhã pode ser você.
Eu gosto de comemorar São João,
Carnaval e o Natal
Gosto de comemorar o
Dia Internacional da Saúde Mental.

Suely Silva Soares.

By/Edilene Coutinho

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